É natural para quem está começando agora a explorar o mercado financeiro ficar em dúvida sobre o que é uma gestora de investimentos, até porque ela pode se apresentar com diversos nomes diferentes, tais como: wealth management, asset management, multi-family office, gestora de fortunas, gestora de recursos, entre outros.

Uma gestora de investimentos é uma instituição autorizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para atuar na gestão de recursos de terceiros. Ou seja, é a instituição que pode cuidar dos seus investimentos no mercado de valores mobiliários de forma profissional.

Essa gestão pode funcionar de duas maneiras, ou melhor dizendo, através de dois veículos: (i) criando fundos de investimento (abertos ou restritos); (ii) criando carteiras personalizadas para cada cliente.

Os fundos de investimento abertos são aqueles que você está acostumado a ver nos bancos e corretoras, disponíveis para os clientes, de acordo com o seu perfil. Todos esses fundos foram criados e são mantidos por gestoras e essas gestoras que trabalham principalmente com fundos abertos são popularmente chamadas de assets. Quando você escolhe um desses fundos para investir é igual quando você compra uma roupa numa loja tradicional: escolhe na vitrine a que você mais gosta e que melhor se adequa ao seu corpo, mas não tem a opção de fazer ajustes.

Também existem gestoras mais voltadas para a gestão dos investimentos de pessoas e famílias mais abastadas, através de fundos de investimento restritos e de carteiras administradas. Essas gestoras são popularmente chamadas de wealths ou de multi-family offices. Apesar do nome chique, o processo é muito simples: essas gestoras funcionam como um alfaiate que tira suas medidas, entende os seus gostos e fabrica uma roupa totalmente personalizada. Nesse caso, a roupa personalizada é uma carteira ou um fundo com os ativos escolhidos a dedo para cada cliente.


Quais as vantagens de investir com uma gestora de investimentos

A principal vantagem que uma gestora oferece é a praticidade: há uma equipe de especialistas responsável por cuidar dos seus investimentos, permitindo obter uma rentabilidade maior do que as aplicações tradicionais de mercado, aliada a uma maior segurança.

A gestora não está restrita a apenas um banco ou corretora, nem a um único país, além de ter acesso a estruturas financeiras diferenciadas que não estão disponíveis a pessoas físicas. Desta forma, é possível ter acesso a uma gama irrestrita de produtos disponíveis no mercado que, fora de uma gestora, não seria possível investir. 

Outra vantagem é a de que as gestoras são constantemente fiscalizadas por órgãos reguladores do mercado financeiro, o que garante maior proteção e segurança para quem investe.

Além disso, há duas competências importantes a serem ressaltadas sobre as gestoras. A primeira delas diz respeito ao seu dever fiduciário, isto é, a defesa apenas do interesse do cliente. Isso significa que a gestora tem o dever de trabalhar apenas para o cliente e, portanto, qualquer tipo de comissão, rebate e outro tipo de remuneração embutida nos investimentos deve ser revertida diretamente para o cliente. Dessa forma, ela garante o alinhamento de interesses, pois sua única remuneração será aquela combinada com o cliente de forma bastante transparente.

A segunda competência é o poder discricionário conferido às gestoras, que lhes permite investir o patrimônio pelo cliente, de maneira cômoda, conforme previamente acordado em sua política de investimentos. Ou seja, são os gestores que executarão a estratégia de aplicação dos recursos e acompanharão seu desempenho. Sobre este último aspecto, é importante salientar que a gestora pode executar estratégias complexas que requerem o monitoramento contínuo da posição dos investimentos e sua execução no tempo correto, a fim de melhor capturar as assimetrias do mercado.

A gestora é o único agente do mercado financeiro que pode fazer isso pelo cliente!